a porca
a escrivã é uma pessoa
e está curiosa como são
curiosas as pessoas
pergunta-me por que bebi
tanto não respondi mas sei
que a gente bebe pra morrer
sem ter que morrer muito
pergunta-me por que não
gritei já que não estava
amordaçada não respondi mas sei
que já se nasce com a mordaça
a escrivã de camisa branca
engomada
é excelente funcionária e
datilógrafa me lembra muito
uma música
um animal não lembro qual.
Douda Correria#34/ 2ª edição
O Martelo – Adelaide Ivánova
(capa de Xueh Magrini Troll/ posfácio de Carol Almeida/ composição de Joana Pires)
1ª edição
https://doudacorreriablog.wordpress.com/2016/02/07/brevemente-o-martelo-de-adelaide-ivanova/
Imprensa/ Blog´s
Revista Gli asini nº 57 | poemas de O Martelo traduzidos para italiano por Prisca Agustoni| 12.2018:
http://gliasinirivista.org/2018/12/il-martello-e-altre-poesie/
Vallejo & Co. | 3 poemas de O MARTELO traduzidos para espanhol por Andrea Cruzado| 03.11.2018:
http://www.vallejoandcompany.com/3-poemas-de-o-martelo-el-martillo-2017-de-adelaide-ivanova/
O Globo | Prêmio Rio de Literatura na categoria Poesia/ “O martelo” | 24.09.2018:
https://oglobo.globo.com/cultura/livros/premio-rio-de-literatura-anuncia-vencedores-23097195
Finalista do 3º Prêmio Rio de Literatura/ Poesia | “O martelo”:
Blog 3 Reinos | 11.06.2018:
https://tr3sreinos.com/2018/06/11/para-laura-de-adelaide-ivanova/
Escritores.online | 02.03.2018:
https://escritores.online/o-martelo-bar-irreal/
Lançamento:10.03.2018 | 18h | Irreal
https://www.facebook.com/events/2011265358914357/
Fotografias: Madalena Ávila
Adelaide Ivánova (1982, Recife) é uma jornalista e ativista brasileira trabalhando como poeta, fotógrafa, tradutora e editora. Estudou Jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco e Fotografia na Ostkreuzschule, em Berlim. Publicou três livros – “autotomy (…)” (Pingado-Prés, 2014), “Polaróides” (Cesárea Editora, 2014) e “O martelo” (Douda Correria, 2016; Edições Garupa, 2017). Edita o zine anarcofeminista “MAIS PORNÔ, PVFR!” e escreve uma coluna mensal na Revista Pessoa. Participa de antologias, performances e exposições no Brasil e no exterior. Traduziu, entre outros, Ingeborg Bachmann, Hans Magnus Enzensberger e Paul Celan. Em 2017 faz parte da programação de festivais como FLIP (Paraty, Brasil) e Latinale (Berlim, Alemanha). Vive e trabalha entre Berlim e Colônia.
Fotografia: Pedro Pinho
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